terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Detalhe

Genéricos passam a custar metade do medicamento de marca a partir de terça-feira

A medida tem boas intenções, mas ao mesmo tempo com uma certa perversidade.

Deixo algumas reflexões sobre este "benefício"...

1. Os medicamentos genéricos que continuarem a ser vendidos após a redução de preço, indicam que os correspondentes de marca poderão estar a dar um retorno de pelo menos 50% de lucro. Só isto dá alguma ideia sobre os lucros milionários das farmacêuticas, e o argumento de que estão a pagar R&D e o custo da entrada no mercado é treta.

2. As produtoras de genéricos nacionais vão deixar de produzir os medicamentos que simplesmente deixam de ser rentáveis. Isto vai levar a roturas e até mesmo ao desaparecimento de alguns medicamentos.

3. As distribuidoras de medicamentos vão passar a comprar onde é mais barato, ie, India e China. As normas de qualidade nesta origens não propriamente as mesmas em Portugal ou na Europa. Quem vai sofrer com a baixa de qualidade dos medicamentos? Eu não arrisco num medicamento proveniente destas origens.

4. Os preços de venda ao público deviam ser adoptados imediatamente. Quanto o preço sobe a alteração é imediata e curiosamente nunca há stock para esgotar.


Certo que as farmacêuticas apresentam resultados muito interessantes, mas é um negócio que segue as mesmas regras que todos os outros negócios, o que quer dizer que se irão centrar em "produtos" mais rentáveis e quando não é possível reduzir ainda mais os preços, os medicamentos deixarão de existir.

Em resumo, o negócio da saúde é um negócio como outro qualquer e quem tiver uma ideia romântica de que os intervenientes estão 100% preocupados com os doentes, vão ter uma desilusão muito grande...

Como eu tive.

São todos iguais

Do relatório preliminar sobre as audições relativas aos serviços secretos foram suprimidos as referências que indiciavam ligações de titulares de cargos de chefia e de direcção da intelligence à Maçonaria.
O "Boys" eram uma vergonha do anterior governo que tanta indignação gerou na sociedade, mas este novo governo é mais subtil.
A Maçonaria é mais requintada e ecléctica na intervenção, sendo que o Boys não deixaram de existir, são é outros e de outra cor.